sexta-feira, 6 de julho de 2012

a inércia é o preço pago pela consciência

       Inércia não é a ausência de movimento, mas sim a ausência na variação do movimento. É assim que andam as coisas agora, sem variações. Isso não quer dizer que não existe movimento, existe, mas a variação é algo com a qual estou evitando ter contato nos últimos tempos.
       Dá medo - depois de tudo que eu passei para conseguir me recuperar e enfim fechar a grande ferida que foi feita - de entrar em algo que cause uma ferida maior em cima de toda essa cicatriz. Parei para pensar que tirando as coisas boas, em 90% do tempo que eu passei do lado de alguém, só sofria e me estressava. Claro, devido as minhas neuroses e conflitos de personalidade, coisas típicas de um relacionamento. Eu sofria e não notava, ainda por cima gostava disso. Só consegui notar todo o estrago causado depois que a pessoa foi embora. E se isso acontecer outra vez? Morro de medo, sabe. Agora penso em todas as consequências, por mais de uma vez, já quando me interesso por alguém. Penso: será que vale mesmo a pena tudo isso? Quero e sinto saudade da parte boa, mas poxa, não vou aguentar sofrer e depois cair no mundo real novamente. E como eu não guardo mais expectativas das pessoas, nem dá vontade de tentar de novo. Não quero novas cicatrizes. Fico parada apenas me interessando e logo desistindo, pensando em todo sofrimento que posso ter, além de gostar e não ser correspondida, etc, e fico aqui, seguindo a vida com a minha inércia. Tendo uma vida, mas com as variações inexistentes.

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